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Publicado em 23 de maio de 2025
Inteligência Financeira

Planejamento financeiro da alta renda: cinco estratégias para aumentar o patrimônio

Quando se ganha mais de R$ 30 mil por mês o planejamento financeiro da alta renda também é necessário. A começar por pontos mais básicos, como equilibrar receitas e despesas, controlar gastos, evitar endividamento excessivo e reservar parte da renda para investimentos e emergências.

Além disso, quanto maior a renda, maiores também os riscos de gastos supérfluos que podem corroer o patrimônio.

“Sem esquecer que os indivíduos e famílias com alta renda enfrentam desafios mais complexos, como gestão patrimonial, planejamento sucessório, otimização tributária e diversificação de investimentos. E mais, a alta renda proporciona maior capacidade de investimento e acesso a produtos financeiros sofisticados, exigindo uma abordagem mais estratégica e personalizada”, afirma Marcos Piellusch, professor da FIA Business School.

 

Os desafios da alta renda

Mas a alta renda enfrenta desafios diferentes, e muitas vezes mais sutis. “Um deles é o custo de vida inflacionado. Afinal de contas, quando a renda cresce, os gastos costumam crescer junto. E geralmente a pessoa nem percebe isso”, comenta Carlos Müller, ele é sócio-fundador da Garoa Wealth Management.

Nesse caso, a regra é a mesma para todos, independentemente do poder aquisitivo: manter um padrão de vida abaixo do que se ganha. Outros desafios que merecem atenção na hora de montar o planejamento financeiro da alta renda são:

Veja o que fazer

Gestão de patrimônio: a acumulação de ativos diversos requer administração eficiente para maximizar retornos e minimizar riscos.

Planejamento sucessório: garantir a transferência eficiente de patrimônio para herdeiros, evitando conflitos e otimizando aspectos fiscais.

Otimização tributária: “Estruturar investimentos e rendimentos de forma a reduzir a carga tributária dentro da legalidade”, afirma Piellusch.

Diversificação de investimentos: alocar recursos em diferentes classes de ativos e mercados para diluir riscos e aproveitar oportunidades.

Preservação do estilo de vida: “Ou seja, manter o padrão de vida atual durante a aposentadoria ou em períodos de menor atividade profissional”, diz o professor da FIA.

 

Como montar o planejamento financeiro da alta renda

E é a partir desses desafios que se inicia o processo de organização das finanças. As fontes entrevistadas pela Inteligência Financeira trouxeram um passo a passo sobre como deve ser o planejamento financeiro da alta renda.

 

1. Faça um diagnóstico completo da rotina financeira

A ideia é levantar todas as receitas, despesas, bens, investimentos e dívidas. Ou seja, saber exatamente qual é o custo de vida.

“Ao analisar o padrão de consumo, é possível identificar onde há excessos para estabelecer limites e manter o estilo de vida sob controle”, explica Bruna Pacheco, planejadora financeira e sócia da GT Capital.

 

2. Planejamento financeiro de alta renda com organização

Para estruturar o orçamento, Jonas Carvalho, CEO da Hike Capital, pontua ser necessário adotar uma premissa fundamental: “Os gastos fixos e recorrentes devem consumir no máximo 50% da renda líquida.”

Estabelecer esse limite, de acordo com o especialista, é importante porque garante margem de segurança para imprevistos, capacidade de poupança para investimentos e liberdade para decisões estratégicas.

“Em famílias de alta renda, o grande risco é a naturalização de gastos elevados. Afinal de contas, muitas vezes o estilo de vida acompanha o aumento da receita. E com isso, o acúmulo patrimonial pode estagnar”, afirma.

 

3. Monte uma reserva de emergência

O próximo passo é ter parte dos investimentos com foco em qualquer urgência que possa ocorrer. Os especialistas apontam que a reserva de emergência deve cobrir de 6 a 12 meses de despesas fixas mensais.

“A razão dessa amplitude é simples. Pessoas com mais patrimônio têm uma vida mais complexa com empregados, empresas, compromissos jurídicos e dependentes”, esclarece Carvalho.

Vale pontuar também que crises de liquidez ou emergências pessoais podem se estender por meses. E depender da venda de ativos como imóveis ou participações em empresas pode ser inviável no curto prazo.

“Por isso, essa reserva deve estar aplicada em ativos de altíssima liquidez e baixíssimo risco. CDBs com liquidez diária, títulos públicos com liquidez imediata ou fundos de FIDCs pulverizados são as melhores opções aqui. Isso porque esses ativos garantem o saque imediato, sem exposição a volatilidade, e com rentabilidade minimamente decente para preservar o valor real no tempo”, comenta o CEO.

 

4. Crie carteiras de investimentos de acordo com os objetivos

Com a reserva de emergência pronta, o próximo passo é investir com foco em períodos mais longos.

“De forma geral, para a alta renda é indicado investir entre 30% a 50% da renda líquida mensal. Claro que vai depender do estilo de vida, objetivos e fase da vida. O ideal, portanto, é construir patrimônio que gere renda passiva no futuro”, afirma Marcelo Karvelis, CIO da AVIN Asset.

Por exemplo, quem ganha R$ 30 mil líquidos deveria investir pelo menos R$ 9 mil por mês. Com esse valor, é possível formar patrimônio consistente em 10 a 20 anos, mesmo com oscilações econômicas. “Essa faixa de alocação também ajuda a blindar contra inflação, perda de poder de compra e a garantir independência financeira futura”, afirma Jonas Carvalho.

Ainda de acordo com o CEO da Hike Capital, para metas de médio prazo (entre dois e cinco anos), como a compra de um novo imóvel, financiamento de estudos no exterior ou capitalização para novos negócios, o ideal é buscar a combinação entre segurança e retorno.

“Produtos como fundos de debêntures incentivadas (que são isentas de Imposto de Renda para a pessoa física), fundos de bonds e debêntures e até os fundos de FIC FIDCs com boas classificações de risco, cumprem esse papel. São ativos que, embora não tenham a liquidez diária da reserva de emergência, oferecem retornos mais atrativos e uma previsibilidade razoável”, afirma.

 

Planejamento financeiro da alta renda no longo prazo

Já no horizonte de longo prazo, ou seja, acima de cinco anos, o especialista conta que o foco passa a ser o crescimento patrimonial real.

“É nesse espaço de tempo que a volatilidade dos mercados se dilui e o retorno composto começa a mostrar seu verdadeiro poder. Ações, ETFs, fundos de ações e participações em negócios próprios são os instrumentos mais eficientes para multiplicar capital ao longo das décadas”, pontua Carvalho.

 

5. Prepare a ‘blindagem patrimonial’

Esse é um ponto crítico para famílias de alta renda que acumulam ativos diversificados e muitas vezes complexos. Por isso, nesse caso, o primeiro ponto é usar os seguros como ferramenta de proteção e liquidez.

“O seguro de vida resgatável, por exemplo, além de proteger financeiramente a família em caso de morte, pode ser uma fonte de recursos isentos e imediatos em momentos de transição sucessória. Já os seguros de responsabilidade civil ou empresarial também são essenciais para proteger contra riscos jurídicos, ações trabalhistas ou acidentes que podem impactar drasticamente o patrimônio pessoal ou empresarial”, afirma o especialista.

A holding patrimonial – ou familiar – é outra ferramenta extremamente útil.

Isso porque, ao centralizar bens imóveis, aplicações financeiras e participações empresariais em uma pessoa jurídica, é possível organizar melhor o patrimônio, facilitar a gestão, economizar tributos sobre lucros e aluguéis, e antecipar a sucessão de forma controlada.

“A doação de cotas com cláusulas de usufruto, incomunicabilidade e inalienabilidade permite que o patriarca mantenha controle sobre os bens mesmo após transferi-los formalmente, evitando conflitos e diluição patrimonial. Além disso, holdings permitem maior proteção contra dívidas pessoais e disputas judiciais”, explica Jonas Carvalho.

 

Revisar a carteira é fundamental

Claro que é preciso entender que esse planejamento não é algo que se faz uma vez apenas. Afinal, o mundo muda, a vida se transforma e a economia também. Por isso, o plano precisa passar por revisão anual.

“Ajustar a exposição a risco, avaliar novas oportunidades e garantir que o planejamento sucessório ainda reflita os desejos da família é o que mantém o patrimônio em crescimento contínuo e em segurança. Portanto, um bom planejamento patrimonial é vivo, dinâmico, estratégico e, acima de tudo, proativo. É isso que diferencia quem apenas possui riqueza de quem constrói legado”, finaliza o CEO.

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